Fui atestar o depósito de gasolina do carro. Coisa que não gosto de fazer, mas tem que ser, aproveitando os fins de semana e o cartão e a promoção porque gasolina é um luxo. E lá fui cumprir a tarefa. Fila, grande fila, bombas em pré pagamento, que não dão jeito algum a quem quer atestar o depósito. Peço autorização para o fazer. Dão-me a autorização. Coloco uns 18 cêntimos e a bomba não desenvolve no abastecimento. Vou de novo pedir a autorização. O Sr confirma que está tudo ok. A aselhice é, portanto, minha! Insisto mais uma vez e desisto. Vou a outra bomba! Isto para quem não gosta da tarefa é o mínimo um bom motivo para se desistir dela, mais ainda quando ainda há alguma gasolina no depósito e se conhece um local onde fazem a tarefa por nós. Mas e a promoção?! Ah, nos tempos que correm a promoção pesa na decisão de ir a outra bomba de gasolina, da mesma marca, no caminho que se faz para casa. Lá vou. Bomba em pré pagamento. De novo! Menina aí não pode atestar. Só nas de baixo. Faço a manobra, não faço a manobra, sigo em frente e vou embora. Lá faço a manobra, luto com o mau feitio que cresce exponencilamente e lá me proponho à tarefa. 60 euros. Lá foram. Tem que ser! Hora de pagar e a promoção não dá. Um papel, outro papel e em ambos falta um dígito. Haja promoção e ainda tinha um terceiro papel para poder usufruir de dita, mas eis que o sr da caixa faz mal a operação e não consegue introduzir a promoção que deveria cair em cartão. Raios! Coriscos! E palavrões a saírem da minha cabeça, quando me dirijo para o carro. Devia ter mesmo deixado para amanhã e ir aos tais senhores simpáticos que fazem o processo por mim, excepto o pagamento, pois claro.
Mas lá ia eu de regresso para o carro, a pensar que pelo menos a tal tarefa que não gosto estava consumada e ouço:
- "BB! Minha BB!!"
Não fazia sentido estar a ouvir aquela expressão. Só a BB do coração me chama assim e não era hora nem dia, nem lugar para nos estarmos a encontrar!
Afinal era! Afinal, o fim de semana em que não seria possivel encontrar-nos fez-nos juntas. Por poucos minutos, certo! Mas o suficiente para o grande xi coração e para os risos e beijos e explicações de quem não gosta de meter gasolina e, ao que parece, nem ela era para estar ali naquele local, naquele momento. Mas estava. Estávamos!
Quem bem se quer sempre se encontra!
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