domingo, dezembro 31, 2006

2007 Terra dos sonhos

Estes últimos dias são muitos os que se dedicam ao balanço.
As empresas fazem o balanço das contas. Nós próprios fazemos os balanços das contas e quase todos comentam como a prestação da casa está mais alta!
Fazemos contas às boas acções, às más, aos desejos concretizados e aos que transitam para o próximo ano. Acredito, sim, que até aqueles que dizem não fazer o balanço, balançam-se entre pensamentos do sim ou não ao balanço no final de cada ano.
Eu balanço! Balanço ao longo dos dias e não só nestes em particular, até porque passar de ano não é mais do que passar de um dia para outro, de uma hora, minuto, segundo para o outro. Mas sim, balanço e reformulo desejos.
De 2006 levo com satisfação a minha iniciação como voluntária dos Médicos do Mundo, como um fardo, que (ainda) não consigo aliviar ,a tese que não sai, com sabedoria o episódio marcante na amizade mais longa, com leveza os sonhos.
E estes sonhos são os meus maiores desejos para 2007. Em 2007 desejo manter a capacidade de sonhar, de levar e trazer outros para a minha terra dos sonhos.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Trocas e baldrocas

Trocas e Baldrocas
(Edição de Natal)

O Trocas e Baldrocas resolveu fazer a sua primeira oferta de Natal.
O dia já lá vai, mas a quadra ainda é de festa. O atraso no anúncio prende-se com o factor surpresa que não se quis quebrar.
Directamente do Porto para Angra do Heroísmo (ilha Terceira, Açores) rumou o livro "O meu chapéu cinzento" de Olivier Rolin. A oferta é para o blogger Félix Rodrigues e a escolha prende-se com um capítulo deste livro inteiramente dedicado ao arquipélago açoriano. Calculei que ia gostar!
A filosofia do Trocas e Baldrocas mantém-se: partilhar com os outros algo que imaginemos que irão apreciar. E parece que conseguimos chegar longe!
Ah! Claro que continuamos dispostos a receber!

Boas trocas e muitas baldrocas

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Forma de estar

Olha aí, monsieur Binot
Aprendi tudo o que você me ensinou
Respirar bem fundo e devagar
Que a energia está no ar
Olha aí, meu professor,
Também no ar é que a gente encontra o som
E num som se pode viajar
E aproveitar tudo o que é bom
Bom é não fumar
Beber só pelo paladar
Comer de tudo que for bem natural
E só fazer muito amor
Que amor não faz mal
Então, olha aí, monsieur Binot
Melhor ainda é o barato interior
O que dá maior satisfação
É a cabeça da gente, a plenitude da mente
A claridade da razão
E o resto nunca se espera
O resto é próxima esfera
O resto é outra encarnação

Joyce (MPB)
(quando conseguir acrescento o som)

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Sem maquiagem

Nos últimos dias tenho estado assim! Assim como sou, sem máscaras e sem maquiagem que disfarce a minha natureza. Sinto-me bem nesta forma de estar, porque é assim que sou.
Por isto mesmo tenho tido alguma vontade de escrever sem recurso a imagens, música ou links. Tenho tido vontade de escrever de dentro para fora. E eis que surgiu, finalmente, a inspiração para escrever sobre esta “brecha”!
Foram vários os que já me perguntaram o porquê da escolha deste nome para o blog. A explicação é muito própria, muito pessoal, daí ainda não ter saído. A conotação imediata é a de espaço livre; há quem o pense pequeno e de leitura rápida; houve também que já lhe tenha dado uma conotação erótica ou exótica, que também me agradam! Mas esta brecha é muito mais do que tudo isso.
Fiz o trabalho de casa, fui ao dicionário e aprendi alguma coisa... o resto já eu sabia!
Cá vai! Um pouco de mim para os que me conhecem, acham que conhecem e querem conhecer.

Esta brecha e eu

Uma brecha é uma “abertura em qualquer vedação”. Esta brecha é o espaço onde procuro encontrar o “eu” que existe e não está vedado por qualquer pensamento.
Uma brecha é uma “abertura que os sitiantes fazem nas muralhas de uma praça, pela acção da artilharia”, é um “golpe ou ferimento largo e profundo”. Esta brecha também já os sentiu lá bem fundo, mas procura aprender a amaciá-los com o calor das suas mãos.
Uma brecha é também uma “mármore formado por fragmentos calcários de várias cores, ligados por um cimento calcário mais ou menos ferruginoso”. Esta brecha tem a solidez colorida dessa mármore.

Estar ou andar na brecha é “lutar com afã por uma ideia, para angariar a vida”. Oh!...As lutas já travadas por esta brecha! A luta mais intensa não gerou vida. Ou, na verdade, terá gerado uma outra vida com mais surpresas e descobertas!
Abrir uma brecha é “abalar uma opinião, rebater argumentos”. Esta brecha tem argumentação na ponta da língua, rebate ideias de forma entusiasta, não se cala, não se fica!

Uma brecha é uma “quebrada ou depressão profunda entre montanhas”. Esta brecha abre-se à beleza dos lugares montanhosos já aqui mencionados, como são o Curral das Freiras, os Pirinéus, as escarpas açorianas, o Pão de Açucar, o Gerês...

Uma brecha é uma “fenda”. Esta brecha é profunda e abre-se desde o topo da minha cabeça até às mais profundas entranhas apresentando-me um arco-íris de cores luminosas.

Estar “Na brecha” é estar em mim!

sábado, dezembro 02, 2006

Tita

Lembro-me como se fosse hoje. Estava em casa da minha avó materna e o telefone tocou. Do outro lado da linha o meu pai anunciava o nascimento da minha irmã. Era uma menina! Naquele tempo não havia ecografias, daí a surpresa ficar até à última expectativa.
Tinha uma irmã! Pulei imenso em cima da cama da minha avó, ao ponto dela me ralhar porque podia partir alguma coisa. Mas eu estava super-contente! Há já algum tempo que queria uma irmã, uma companhia.... para ter com quem conversar.... na casa de banho!!!
A "pequenina" nasceu, eu chamei-lhe Ana Luísa e, como é hábito meu trocar o nome a quem mais gosto, dei-lhe muitos outros nomes. Tita ficou sem sabermos porquê, mas entre Pitoquinha, Mila, Maria Emília, talvez fosse a escolha mais acolhedora!
Hoje faz 26 anos que o telefone tocou e me pôs a pular em cima da cama! Os tempos são outros, mas continuamos a celebrar os momento de festa, por isso logo vamos todos pular e celebrar o aniversário da "pequenina"!