sexta-feira, dezembro 08, 2006

Sem maquiagem

Nos últimos dias tenho estado assim! Assim como sou, sem máscaras e sem maquiagem que disfarce a minha natureza. Sinto-me bem nesta forma de estar, porque é assim que sou.
Por isto mesmo tenho tido alguma vontade de escrever sem recurso a imagens, música ou links. Tenho tido vontade de escrever de dentro para fora. E eis que surgiu, finalmente, a inspiração para escrever sobre esta “brecha”!
Foram vários os que já me perguntaram o porquê da escolha deste nome para o blog. A explicação é muito própria, muito pessoal, daí ainda não ter saído. A conotação imediata é a de espaço livre; há quem o pense pequeno e de leitura rápida; houve também que já lhe tenha dado uma conotação erótica ou exótica, que também me agradam! Mas esta brecha é muito mais do que tudo isso.
Fiz o trabalho de casa, fui ao dicionário e aprendi alguma coisa... o resto já eu sabia!
Cá vai! Um pouco de mim para os que me conhecem, acham que conhecem e querem conhecer.

Esta brecha e eu

Uma brecha é uma “abertura em qualquer vedação”. Esta brecha é o espaço onde procuro encontrar o “eu” que existe e não está vedado por qualquer pensamento.
Uma brecha é uma “abertura que os sitiantes fazem nas muralhas de uma praça, pela acção da artilharia”, é um “golpe ou ferimento largo e profundo”. Esta brecha também já os sentiu lá bem fundo, mas procura aprender a amaciá-los com o calor das suas mãos.
Uma brecha é também uma “mármore formado por fragmentos calcários de várias cores, ligados por um cimento calcário mais ou menos ferruginoso”. Esta brecha tem a solidez colorida dessa mármore.

Estar ou andar na brecha é “lutar com afã por uma ideia, para angariar a vida”. Oh!...As lutas já travadas por esta brecha! A luta mais intensa não gerou vida. Ou, na verdade, terá gerado uma outra vida com mais surpresas e descobertas!
Abrir uma brecha é “abalar uma opinião, rebater argumentos”. Esta brecha tem argumentação na ponta da língua, rebate ideias de forma entusiasta, não se cala, não se fica!

Uma brecha é uma “quebrada ou depressão profunda entre montanhas”. Esta brecha abre-se à beleza dos lugares montanhosos já aqui mencionados, como são o Curral das Freiras, os Pirinéus, as escarpas açorianas, o Pão de Açucar, o Gerês...

Uma brecha é uma “fenda”. Esta brecha é profunda e abre-se desde o topo da minha cabeça até às mais profundas entranhas apresentando-me um arco-íris de cores luminosas.

Estar “Na brecha” é estar em mim!

3 comentários:

Caucau disse...

Esta "brecha" és tão tu! Sem maquiagem, como referes, mas iluminada pelo arco-iris. Tenho descoberto a amizade desta "brecha", que se intensifica a cada dia, simplesmente porque nela me encontro e reencontro e posso também ser Eu!
Um beijinho

Sofia disse...

E eu venho sempre aqui, espreitar pela brecha, para mais te conhecer!
bj

Anónimo disse...

Pois é... como te compreendo... e
parte tinha remédio.