Estreei-me hoje em televisão e a experiência, que classifico como muito interessante, trouxe-me à memória uma expressão que, segundo a minha mãe, utilizei no dia em que estreei uma fantasia carnavalesca! Não que tenha sentido o mundo televisivo como um desfile de Carnaval (ou talvez um pouco, mas não foram essas as considerações que me levaram a escrever este post!)
Antes de entrar no canal televisivo sabia que queria estar bem concentrada naquele momento - afinal ía falar de trabalho, representar toda uma equipa de excelentes profissionais - mas queria também absorver de tudo um pouco. Discretamente absorvi de tudo: a simpatia formal à minha chegada, a companhia do segurança até à sala de caracterização, a destreza da maquiadora, tão rápida e eficaz que nem lhe senti a simpatia (!), a ansiedade dos restantes convidados, a apresentadora - elegante e dominadora de toda aquela parafrenália.
O ambiente não dominava eu, os assuntos que lá me levaram, esses sim, eram do meu domínio e prazer. Tempo mais houvesse e teria falado de tantas outras coisas que faço, que sei que faço bem e com prazer! Mas voltando ao estúdio! Câmaras eram 3, a que emitia a imagem no momento apresentava uma luzinha vermelha. No estúdio havia também um plasma que permitia observar o que se estava afazer, em directo, como se estivéssemos em casa a ver televisão.
Confesso que quando senti a câmara mais próxima a apontar-se a mim foi como sentir um olho gigante num olhar penetrante e demasiado próximo. Aí houve alguma taquicardia, que procurei controlar com as respirações abdmonais que tanto gosto, com os "estou aqui" que sei dizer e outras mezinhas caseiras que tão bem me fazem! Quando as perguntas começaram relaxei como se me fosse focar no meu próprio domínio.
E pronto, rapidamente terminou e rapidamente começaram os feedback de parabéns.
Senti mesmo que queria partilhar o momento com cada um que me telefonou, cada mensagem que recebi. A adrenalina sentida tinha sido em dose elevada e havia que a exteriorizar! Foi difícil gerir dois telemóveis durante alguns minutos!
Ah! Mas onde entra aqui a memória do "pinta lábios"?! É que a boa sensação, no final da experiência vivida, traduzia-se numa cara alegre, feliz e bem maquilhada. Ao chegar a casa e, depois de vestir algo mais "cozy", decidi que só retiraria a maquilhagem na hora de me deitar. Pena que ao jantar o bâton saiu! O tal "pinta lábios" que na minha fantasia carnavalesca quis preservar, mas os amiguinhos de infantário, não tão aperaltados como eu queria permanecer, insistiram em retirar!!!
1 comentário:
Além de te estreares na tv, estreaste-te num directo, um pormenor importante!!! Mas "de facto" estiveste bem ;) ("de facto", estou a brincar)
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